terça-feira, 7 de novembro de 2017

reflexo

Como uma força fútil, equilibramo-nos no rigor da vida. Passamos tempo a determinar o pré-determinado e a mitigar o factual passado. Corroemo-nos na divindade do inatingível. Nada mais somos que um espelho distorcido do que pretendíamos ser, se o soubéssemos. Mais não somos que uma transparência fosca de um raiar desvindo, de uma aura assimétrica aos nossos desejos. Um bocejo infinito tolda-nos a perseverança. Que não temos. Somos um reflexo de nós.

Cláudio Barradas

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