sétimo
Aparentemente
estava sóbrio. Metido em mim. Soluçava de vez em vez, acometido à privação do
sentimento. Expulsara-o de mim. Abstinha-me de ser, estar e sentir. Tinha de
ser assim. Ao inspirar, profundamente, invadiu-me um ligeiro aroma de frutos
silvestres. O nada, vazio, oco, cheirava a frutos silvestres. Sabias? Eu não.
Aprendi. Era um aroma prazeiroso, constantemente. Ajudava-me a recompor em
esboços caracterizados de um regozijo estável. Ficava assim, neste estado.
Fazia por ficar assim: num soluçar intermitente e com aroma a frutos
silvestres. Era eu, não tu.
Cláudio Barradas
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