sexto
Era assim a sinergia do
tempo: a cooperação na vida. Tempo foi em que rebolava na erva, absorto na
felicidade indirectamente sentida e directamente colocada. Tempo de obra feita,
sem nada para construir. Erguia-me todos os dias, como um diásporo fortemente
plantado. Possuía-me uma aura empática de mim. Sobre mim. Era tudo sobre mim e
só acerca de mim. Eu e eu. Estaticamente dirimido, solucionava-se só. O tempo.
Passando, não correndo. Era a sua maior característica, o forte metabolismo
imbuído na sua alma. Movia-o numa dança majestosa, triunfal, transparente. Não
se dava por ele, o tempo. Era eu, não tu.
Cláudio Barradas
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