terça-feira, 14 de novembro de 2017

precisamos de amor, precisamos de amar

Todos amamos. Está na natureza de todos os seres vivos o amor, o acto de amar. Amamo-nos a nós, aos outros, a objectos e a situações. Tudo é alvo do nosso amor e tudo o compõe.

O amor é lindo e o amor é tudo.

Aprendemos a amar desde aquele momento em que vimos ao mundo, em que abrimos os olhos e, sem o saber, procuramos o aconchego no peito da nossa mãe. E continuamos. Continuamos a amar e a aprender a amar, mesmo quando julgamos já ter aprendido tudo. Mesmo assim, aprendemos que o amor não tem limites, nem regras, nem metas. Se há conceito que assenta bem na eternidade, esse conceito é o amor. Não encontro paralelo. Quiçá na infinitude do espaço possamos encontrar algo análogo à infinitude do amor, quiçá.
Amamos, amamos e amamos e, quando estamos cansados de amar, procuramos algo diferente para... Amar. É de nós. É intrinsecamente de nós, o amor.
Comparo-o, inevitavelmente, às nossas necessidades básicas de sobrevivência. Tão importante como respirar, comer, beber, vestir. Amar é tão importante como tudo isto e, mais. Amamos a vida e por si, amamos viver. Respirar, comer, beber e vestir é viver, nada mais que isso, somente viver. São condições básicas da nossa humanidade. Assim é o amor.

"Eu aprendi, que tudo o que precisamos,
é de uma mão
para segurar e um coração
para nos entender."
(Shakespeare, William)



Tudo o que precisamos é de amor e de amar e de sermos amados. Vejo esta situação emocional como algo demais importante, como já defini. Vivemos sem comer? Não. Sem vestir, beber ou respirar? Também não. Pois também não vivemos sem amor. Seríamos uns espectros sem sentimentos, umas sombras indefinidas, pois o amor é a base de todo o nosso sentimento. Como humanos, temos os nossos sentidos. Uns mais apurados que outros. A visão, o olfacto, o tacto, o paladar e a audição. São estes sentidos que dão sentido à nossa existência. São estes que nos diferenciam uns dos outros. Nos tornam únicos, ímpares entre biliões de outros, como nós. Mas há algo bem mais profundo que nos caracteriza. Esse algo é o sentimento que habita dentro de cada um de nós. Há quem lhe chame a alma, há quem lhe dê outros nomes. Eu, designo este sentimento como o amor. É universal e único, tudo ao mesmo tempo. É o amor que nos define e nos caracteriza a todos, individualmente. E, é com base neste semi paradoxo que afirmo: tudo o que precisamos é de amor. Não de mais amor e não de menos, não de amar mais e não de amar menos, somente precisamos de amor, só assim.

"Para Todo o Sempre"
Cláudio Barradas e Chiado Editora

Sem comentários:

Enviar um comentário