Realizamo-nos na
realidade dos acontecimentos, sorvendo a sua energia. Calibramos a respiração,
quando nos realizamos, numa melodia singela, frutuosa e aromática. Fossemos um
todo e sentiríamos este acontecimento como uma rebelião de esforços dos nossos íntimos
desejos. Do nosso olhar de transvio. Em conluio, gritaríamos quem não somos,
lutaríamos por quem não quer e faríamos nada. Só, nada. Um vislumbre de tudo,
do todo. De nada.
Fossemos um todo e
revolucionávamos a nossa vontade de sermos. A nossa pretensão de contrariar o
nada, de o esmiuçar e reduzir a tudo, do nada. Fossemos um todo e singraríamos
de todo e por todos, apenas para sermos, o que não somos. Um todo.
Cláudio Barradas
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