quarta-feira, 8 de novembro de 2017

liberdade

Somos livres e ainda bem que assim acontece. Livres, para pensarmos sem obstáculos, para dizer as palavras que queremos e transformá-las nas frases que pretendemos. Somos livres até para fazermos o que nos apetece e quando nos apetece. Com quem nos apetece. Esta liberdade emana da nossa racionalidade enquanto pessoas civilizadas e imbuídas de espírito social.
Com a liberdade vem a responsabilidade da consciência, acompanhada pelo inequívoco respeito e, numa equação simples, com o usurpador silêncio. 
Somos responsáveis (pela nossa liberdade) em consciência e devemos ter sempre em atenção que a nossa liberdade tem limites. Tem fronteiras delimitadas pela aproximação aos que nos rodeiam. Termina sempre onde começa a liberdade dos outros. Sempre. Somos responsáveis pelo que pensamos, pelo que dizemos e escrevemos. Como o dizemos e como o escrevemos. Responsáveis pelo que fazemos, como fazemos, com quem e a quem fazemos. Temos de associar sempre esta consciência à nossa liberdade, com a cominação natural da perda do respeito. Desrespeitando os outros, damo-nos a essa falta de respeito e, como tal, somos desrespeitados. O respeito é um conceito bonito demais para ser desrespeitado. Esta redundância resulta em dor. Dor infligida e dor sentida. É sempre assim.

Cláudio Barradas

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