segundo
Na impossibilidade tremia. Sinto-o agora. Abriam-se as nuvens, dissipando-se sobre a minha cabeça. Com esforço, olhava para cima vendo-o aparecer. São mais alegres as manhãs com sol. Tal acontecimento não resfriava o meu desânimo. Tangente ao solo aplainava um abutre, olhando-me de soslaio. Não me afectava a obliquidade da situação, estava acostumado com o contemplar alheio. O desgaste em (de) mim era forte e dominava-me, insurgindo-me contra a surpresa. Habitava-me a tua imagem, bela e desoladora. Forte e fraca. Fraca de amor. Por mim. Mas era eu, não tu.
Cláudio Barradas
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