sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

sabes?

Sabes? És tu que imaginas o inimaginável, que manifestas o improvável e que realizas o reprovável.
Tu, que ages como uma pena, ao sabor do vento conveniente, que abres as tuas asas para ocupar todo o ar, não só o que rodeia, mas o que rodeia todos os que te são próximos.
Tu, que sobes escadas que não são tuas, que percorres outros caminhos e te afastas de ti, num devaneio soluçante de angústia vã.
Queres agradar a todos, mesmo aos que não querem a tua concordância e o teu agrado, que desrespeitam quem te ama, quem amas, que te desrespeitam. 
Ages assim uma e outra vez, não satisfeita, voltas a fazê-lo, numa tentativa fútil de te destacares, de seres perfeita. Mas não és, perfeita. Ninguém o é.
É impossível agradar a todos. Se o fizeres ou se o tentares fazer, perderás o respeito de todos e, é aí, que morrerá o teu amor por ti. Foi aí que começou a dor que agora sentes e que teima em permanecer.

Cláudio Barradas

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